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Notícias CA da Petrobrás – Julho

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Resumo da semana de 22 a 28 de junho

No dia 23.06, fizemos uma reunião com a nossa assessoria econômica sobre as possíveis ameaças que teremos na Reunião do CA da Petrobrás no dia 26.

Enquanto estou na estrada a caminho de mais uma atividade sindical, perdendo o meu São João no Nordeste em prol da coletividade, ainda tem gente que acha e diz que sindicalista não trabalha!
O movimento sindical não está pra brincadeira e está dando claros sinais de que “o bicho vai pegar”!
Somos FORTES, somos CUT!

Na tarde de terça-feira, participamos de um protesto na entrada co Centro de Convenções de Macaé, onde estava sendo realizada a Feira Brasil OffShore, FUP, Sindipetro NF. Protestamos contra o PLS 131 e interrompemos a fala de José Serra.

Já no dia 24.06, o Conselho Deliberativo da FUP reuniu sua diretoria e seus sindicatos na sede da CUT do Rio de Janeiro para discutir as propostas dos trabalhadores com Conselheiro de Administração eleito pelos trabalhadores conosco.
Além disso, definimos algumas ações políticas e de mobilização da categoria e da classe trabalhadora para barrar a nova tentativa no Senado do tucano José Serra que quer acabar com o Modelo de Partilha e retirar da Petrobrás a garantia dela ter o mínimo de 30% dos blocos e a operação única no Pré-Sal.
Os petroleiros, metalúrgicos, trabalhadores da construção civil, montagem e de outras categorias precisam se mobilizar contra esta ação no Senado que visa enfraquecer a nossa empresa e a soberania nacional, bem como contra o terrorismo econômico que o judiciário tem promovido prejudicando o desenvolvimento do nosso país e acabando com a geração de emprego e renda no Brasil.

Saindo da tão esperada e temida reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, que aconteceu no dia 26.06, começou às 9h e terminou às 18h sem intervalo pra almoço.
Pela manhã, tivemos o apoio da FUP, CUT RJ, Sindipetro Caxias, Sindipetro SP e metalúrgicos que sabem da importância da Petrobrás para a geração de emprego e renda, do lado de fora panfletando e conversando com a categoria.
Teremos tempos difíceis, regados de desafios, superação e muita luta e enfrentamento!
Peço a paciência dos companheiros e companheiras, pois em breve, muito em breve, vou divulgar o resumo dessa reunião com todo cuidado, compromisso e no momento adequado.

A categoria tem o poder nas mãos, basta saber usá-lo!

Destaques da segunda reunião do Conselho Administrativo da Petrobrás

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Amanhã (26.06) vamos participar da segunda reunião do CA, que vai acontecer no Edifício Sede da Petrobrás (EDISE), no Rio de Janeiro, das 9:00 as 17:00 horas. A expectativa é grande, pois estamos num momento delicado e de reestruturação da Estatal.

Os principais destaques da pauta são:

  1. Plano de Negócios e Gestão: Serão discutidos os novos rumos da Petrobrás para os próximos 5 anos, com destaque para possíveis desinvestimentos da empresa e venda de ativos, bem como a priorização de projetos para a Estatal.
  2. Revisão da Governança e Organização da Petrobrás: Serão deliberadas as mudanças referentes à Estrutura Organizacional e a Política de Governança da Empresa. A expectativa é que haja uma ampla revisão da atual estrutura de diretorias, que pode implicar na criação ou exclusão de Áreas de Negócio. Além disso, será definido uma nova política de governança que deve orientar os processos de trabalho da Petrobrás no próximo período.
  3. Revisão do Contrato de Cessão Onerosa e Negócio do Gás: Essas duas discussões serão apresentadas na reunião para que todo Conselho de Administração tome conhecimento dos temas. Nós acreditamos que tais temas são fundamentais para o futuro da categoria petroleira e para a manutenção da Petrobrás enquanto uma empresa integrada para o setor de energia do Brasil.

Estaremos representados e lutaremos para que os trabalhadores e trabalhadoras não sofram graves consequências. Contamos com o apoio da categoria para os enfrentamentos que estão por vir.

Somos FORTES, somos FUP, somos CUT!

Notícias CA da Petrobrás – Junho

A possibilidade real da mudança do modelo de partilha do pré-sal: O entreguismo bate à porta

Tramita-se no Congresso Nacional, um projeto de lei (PLS 131/2015) que busca alterar o modelo de partilha do pré-sal. Esse projeto é de autoria do senador do PSDB José Serra e pretende redefinir o modelo de partilha do pré-sal, ao desobrigar a PETROBRAS de ter participação de, ao menos, 30% nos campos de exploração do pré-sal. Esse projeto está inserido em um complexo jogo de interesses, no qual há uma disputa que envolve um projeto de setor petróleo mais soberano e nacionalista e outro de perfil conservador e entreguista.

O PLS 131/2015 visa a, quase que sorrateiramente, alterar a Lei Nº 12.351, de 2010, ao retirar da PETROBRAS a função de operadora e de contratada das atividades de exploração. Isso fica claro na proposta de alteração dos artigos 2º, 15, 20 e 30 dessa lei, que retira o nome da PETROBRAS dos trechos e a substitui, genericamente, por termos como “consórcios” ou “empresas”. As justificativas para tais mudanças, contidas também no interior do PLS, exploram, em primeiro lugar, uma conjuntura de fragilidade da Petrobras no curto prazo e de retração dos mercados internacionais de financiamento para a estatal brasileira. Esses argumentos se mostram falaciosos e oportunistas ao desconsiderarem todas as mudanças ocorridas no setor petróleo e na economia mundial que afetam não apenas o desempenho da Petrobras, como o de grande parte das grandes petroleiras do mundo. A retração dos mercados consumidores globais, a queda do preço do petróleo e a valorização do dólar em escala global são alguns dos aspectos que minam o resultado das grandes petroleiras. Ao afirmar que essa conjuntura cria uma situação quase que insustentável para a empresa implementar seu programa de investimento, o projeto ignora essas mudanças e, principalmente, as perspectivas positivas de longo prazo para a Petrobras. Além disso, sabe-se que o comportamento dos mercados de capitais é cíclico e que, mesmo nos períodos de baixa, a Petrobras tem conseguido obter recursos estrangeiros com grande celeridade.

Em segundo lugar, o PLS afirma que “é inconcebível que um recurso natural de tamanha relevância nacional sofra um retardamento irreparável na sua exploração devido a crises internas da operadora estatal” e que as alterações de seu projeto visam “ao restabelecimento de um modelo que garanta a exploração ininterrupta e maiores possibilidades de ganhos para o Tesouro Nacional”, além de argumentar, ainda, que a revogação da lei de 2010 “atende aos interesses nacionais e, portanto, deve ser adotada pelo governo”. Esse aspecto ignora completamente a discussão do ritmo necessário de exploração desses recursos, tendo em vista o ciclo de preço e a demanda interna, isto é, parece ser muito mais oportuno, economicamente, acelerar a exploração do pré-sal com os preços em patamares mais elevados e com uma demanda por petróleo em alta.

Diante desse quadro, pode-se identificar o jogo de interesses e a quem ele serve. Ao usar a justificativa de que a conjuntura de fragilidade impede a PETROBRAS de levar adiante seus investimentos, o projeto permite beneficiar atores externos, como empresas multinacionais, que lucrarão muito mais caso a empresa brasileira deixe de ter obrigatoriedade na partilha. Igualmente, pretende mostrar que a crise econômica da companhia deve ser resolvida por meio de certos meios de financiamentos – como as debêntures – entregando nas mãos de detentores de títulos prerrogativas decisórias que condicionam as estratégias da PETROBRAS. Por fim, é necessário questionar a afirmação do projeto de que a revogação do modelo de partilha geraria mais ganhos para o Tesouro e que atende aos interesses nacionais. Parece óbvio que o interesse do projeto não é gerar acumulação de reservas para o Estado, e sim beneficiar o capital privado, entregando um dos maiores patrimônios nacionais a ele. Também é um equívoco dizer que a não obrigatoriedade de participação em 30% na partilha do pré-sal cumpre os interesses nacionais, sendo que isso vai deixar de angariar os recursos necessários que serão destinados ao Fundo Social do pré-sal! O orçamento da educação, por exemplo, já foi afetado porque os recursos do Fundo estão limitados.

Em suma, tem-se uma situação em que se pretende dar de bandeja uma de nossas maiores riquezas para agentes econômicos privados, que não se interessam em contribuir com o desenvolvimento nacional. O crescimento do Brasil deve passar pela manutenção do atual sistema de partilha, que mantém a PETROBRAS como participante na operação e contratação do pré-sal. Isso garante a soberania energética nacional e a obtenção de maiores recursos para fortalecer a sociedade e a indústria nacionais, propiciando a evolução dos sistemas de saúde e de educação e gerando mais renda e mais empregos para os trabalhadores.

Precisamos denunciar esse entreguismo que pode colocar a companhia em xeque!

 

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