No dia 26 de junho, das 14:30h às 19:45h, tivemos uma extensa, mas muito produtiva reunião do Plenário do Sistema Diretivo do Sindipetro Bahia com a presença da Diretoria atual e eleita do sindicato para deliberações importantes para a Categoria Petroleira e para a Classe Trabalhadora.

Tivemos:

– informes da assessoria jurídica criminal sobre nossas ações de responsabilização dos gestores da Refinaria que estão colocando trabalhadores e a comunidade do entorno sob risco de morte;

– informes sobre a última reunião do CD da FUP e seus Sindicatos filiados, ocorrida no dia 22/06 no Rio, onde foi definida a data para deflagração da Greve nas Refinarias da Petrobrás, no Brasil;

– diversas deliberações sobre a GREVE GERAL do dia 30 DE JUNHO com a participação do Presidente da CUT-BA, Cedro Silva, e;

– deliberações sobre a GREVE NA RLAM a partir do dia 30 DE JUNHO.

Nessa reunião, teríamos a presença da Senadora Lídice da Mata, que teve um problema na sua, devido ao deslocamento de Catu para Salvador na BR 324 com trânsito extremamente pesado. Vamos agendar uma outra data para que ela nos ajude a fazer com que o Governador do Estado da Bahia, o companheiro Rui Costa, se posicione diante da saída da Petrobrás da Bahia com esse processo amplo e irrestrito de Desmonte e Privatização da maior empresa pública do Brasil.

Semana começa bastante pesada e segue assim até sabe lá Deus quando!

JUNTOS SOMOS + FORTES!!!

 

Na manhã desta terça-feira, dia 27/06, os trabalhadores da Rlam participaram, juntamente com o Sindipetro, de mais um ato contra a redução do efetivo mínimo na unidade. Desta vez, foi a turma 3 da refinaria que teve a oportunidade de tirar suas dúvidas e ouvir explicações da diretoria a respeito de assuntos de interesse da categoria.

A mobilização começou por volta das 7h e terminou às 14h, quando os trabalhadores entraram andando na unidade, configurando assim o interstício total e colocando em prática o que foi aprovado durante assembleia realizada com a turma.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, afirmou que as mobilizações que vêm acontecendo na Rlam – turmas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e adm – estão sendo bastante positivas e de forma gradativa fortalecem a categoria, dando uma dimensão de como será a greve nacional por tempo indeterminado que acontece a partir do dia 30/06 nas refinarias do Sistema Petrobrás.

Ele lembrou que a redução do efetivo mínimo foi o primeiro passo dado para a privatização das refinarias e falou sobre as inúmeras atividades que vêm sendo realizadas para barrar essa política de desmonte do governo golpista, com uma boa participação da categoria, como as cirandas de turno, o corte de rendição após as mobilizações, atrasos na entrada do expediente e até mobilizações que acabaram impedindo a entrada da alta gestão da empresa em unidades como a Rlam e a Transpetro.

Deyvid informou ainda que a FUP e sindipetros estão impetrando ações criminais contra os gestores das refinarias, que estão colocando a vida dos trabalhadores em risco, após a redução do efetivo mínimo. E que também há ações questionando o descumprimento da cláusula 91 do ACT.

Durante o ato, que teve comidas juninas e um cantor de forró, a diretoria do Sindipetro e a categoria traçaram estratégias para a greve e concordaram que deve haver coesão, principalmente porque a gestão da empresa não está preocupada com a segurança dos trabalhadores dentro das unidades ou mesmo durante o transporte para a casa.

Uma prova disto é o que a Rlam está pretendendo fazer para evitar o interstício total, tentando atrasar a apanha do pessoal do turno de 21h e chegada à refinaria ás 23h para que esta seja iniciada às 00:30h, com o objetivo de que a frota chegue à Rlam às 02:00h.

Outro ponto a ser ressaltado é que as Turmas que deveriam sair às 7h30 e ficam na refinaria até quase 14h, se retornarem à RLAM entrarão às 02:00h, sem cumprir o interstício total, e a turma que sairia às 23h30, com isso sairá às 02:30h, chegando em suas residências quase às 04:00h, correndo os mesmos riscos de vida, numa estrada, onde há altos índices de assaltos.

O diretor Radiovaldo Costa afirmou que “é preciso construir a unidade independente do local de trabalho de cada um, pois todo o Sistema Petrobrás, está em cheque, está sendo desmontado e os trabalhadores correm grandes riscos com perdas de direitos, fechamento de postos de trabalho e aumento de acidentes com a redução do efetivo, portanto, a luta é de todos”.

Além do coordenador, Deyvid Bacelar e dos diretores do Sindipetro, Radiovaldo Costa, Agnaldo dos Anjos, Gilson Morotó, Moisés Rocha estavam presentes os diretores recém-eleitos, Ivo Saraiva e João Nunes.

 

No dia 28, participamos de uma importante reunião extraordinária da CIPA da RLAM, onde @s Cipistas se posicionaram oficialmente contra a redução do efetivo mínimo das unidades de processo da Refinaria Landulpho Alves, cobraram o cumprimento da NR 20 e Cláusula 91 do ACT da Petrobrás e denunciaram a situação de risco grave e iminente na RLAM ao MTE, MPT, Gerente Geral da Refinaria e Sindipetro Bahia.

JUNTOS SOMOS + FORTES!!!

 

Os trabalhadores da turma 5 da RLAM participaram na manhã desta quinta-feira, 29/06, da ciranda do turno. A atividade, que aconteceu das 7h ás 13h, e antecede a greve geral e a greve nacional por tempo indeterminado na área de refino, teve uma boa participação da categoria, que decidiu por ampla maioria não render o turno que já se encontrava dentro da unidade e retornar para casa após o movimento.

Segundo o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar “a decisão dos trabalhadores é uma demonstração de disposição para a luta, o que foi demonstrado também nas outras cirandas com as turmas 1ª, 2ª, 3ª , 4ª e adm. Deyvid explicou que após a deflagração da greve em defesa da vida haverá avaliações diárias do movimento e as decisões serão tomadas pela categoria.

O coordenador também orientou que todos devem se dirigir normalmente ao seu turno de trabalho e ao chegar à Rlam se juntar aos diretores do sindicato, representantes de movimentos sociais e aos outros trabalhadores que estarão no piquete de convencimento. O diretor Agnaldo dos Anjos também falou da necessidade da participação e ajuda da categoria, pois “só assim conseguiremos construir uma greve vitoriosa para barrar a redução do efetivo mínimo”. Deyvid tranquilizou a categoria informando que serão disponibilizados ônibus para que as pessoas possam voltar para suas casas.

O assessor jurídico do Sindipetro, o advogado Clériston Bulhões, respondeu a diversas perguntas da categoria, tirando dúvidas a respeito de ações sindicais e de como agir durante um movimento paredista. Clériston afirmou que de acordo com o parágrafo único do artigo 7º da Lei de Greve é proibido trabalhar em substituição a um grevista, portanto, é ilegal fazer hora extra ou dobra durante uma greve, “e ainda é preciso se atentar para o fato de que o direito coletivo se sobrepõe ao direito individual”, afirmou.

O advogado também alertou para a “renúncia da dobra” e o “direito de recusa”, que são dois instrumentos legais e de proteção para os trabalhadores, que “não devem ceder à pressão da gerência e se expor ao benzeno, outros agentes químicos, ruído e poeira, por um tempo maior do que aquele que determina o seu contrato de trabalho”.

O diretor do Sindipetro, Radiovaldo Costa, parabenizou os trabalhadores da refinaria pela “unidade e resistência, que já vêm apresentando antes mesmo de ser dado início ao movimento paredista”. Ele fez um resgate histórico das greves realizadas pelos petroleiros, a exemplo das greves de 1983 e 1995, ressaltando o papel importante dos trabalhadores da Rlam em todos esses movimentos.

Deyvid finalizou a “Ciranda” afirmando que uma greve só pode ser feita com a participação e conscientização da categoria e que o sindicato não vai contribuir com a “fábrica de horas extras que possa vir a ser instalada na refinaria com a greve. Os trabalhadores precisam entender que essa hora extra vai custar muito mais para ele do que para a empresa porque ele pode até ganhar um dinheiro a mais agora, mas, certamente, perderá direitos e, talvez, até o posto de trabalho”.

Também participaram do ato na Rlam, o diretor Pedro Batista (Peu) e os diretores recém-eleitos, Paulo Landulfo, João Nunes e Áttila Barbosa.

 

 

Na manhã desta domingo (02/07), 3° dia da greve do refino contra a redução do efetivo mínimo e a privatização da Petrobras. O movimento na Refinaria Landulpho Alves continua com força total, com grande adesão dos trabalhadores, forçando os gerentes a chamar o sindicato para negociar.

O coordenador, Deyvid Bacelar, reiterou na reunião com os GGs que “o Sindipetro Bahia tem sua pauta principal a necessidade de suspensão imediata da redução do efetivo mínimo das unidades de processo”. Segundo ele a gerência da RLAM alegou que esta decisão é superior às suas atribuições, mas que discutirá, com a direção da empresa as reinvindicações e condições solicitadas pelo Sindipetro.

Petroleiros da turma 2 do turno que comparecem na unidade, decidiram pela manutenção da greve e voltaram para suas casas e alguns permaneceram no local em apoio a greve.

Para o diretor, Radiovaldo Costa, não há dúvidas que o sindicato fez a melhor preparação possível para a greve. “Por isso o sucesso do movimento, com grande participação dos petroleiros que continuam apoiando o ato, por saberem que é único jeito de defender a manutenção dos empregos e da refinaria”.

Ficou definido em assembleia que a troca da U-30 e Cafor que estão cheias de pelego só será realizada de forma negativa para a gestão. “A troca é para evitar que os pelegos façam hora extra às custas da greve”, reforçou o diretor da FUP e do Sindipetro, Leonardo Urpia. O diretor, Gilson Sampaio, lembrou que na manhã deste domingo (02) foram liberados da U-30 quatro operadores e apenas um entrou.

O sindicato aproveitou e convocou os trabalhadores presentes para participarem da Assembleia Geral na segunda-feira (03/07), onde será discutido e avaliado a greve e sua manutenção.

 

 

 

Comentários

comentarios