O fato ocorre no país inteiro e os trabalhadores verdadeiramente honestos que denunciaram irregularidades, na Bahia ou qualquer outra parte do país, continuam a sofrer retaliações e toda sorte de assédio.

Os fiscais de contrato são um alvo exemplar disso, discriminados aleatoriamente na empresa como se no exercício das suas atividades praticassem atos ilegais, misturando-se a grande maioria que desempenha suas atividades de forma honestacom os poucos casos tipificados e reconhecidoscomo irregulares. Assim, ao se misturar “alhos com bugalhos”, essa imensa maioria de fiscais probos são discriminados e postos sob suspeição.

E isso é crime.

Neste contexto, não podemos permitir injustiças aos fiscais de contrato e demais colegas que foram ou ainda são submetidos a situações de assédio moral, única e exclusivamente, por cumprimento do dever,de chamar a atenção dos gestores sobre possíveis irregularidades dentro da Petrobrás.

Exemplo: neste começo de fevereiro, tomamos conhecimento de mais um isolamento praticado a um colega que em 2009 denunciou ao seu gestor o cartel criado para roubar o povo brasileiro.

Um segundo caso de assédio moral remete a uma denúncia de irregularidades na RLAM, no período entre 2006 e 2008. O autor da denúncia – trabalhador honesto – foi considerado “inimigo número 1”da empresa, enquanto o Tribunal de Contas da Uniãoconstatou as irregularidades em obras de responsabilidade do então GG da RLAM e atual GE de Refino. Atualmente, a investigação está sob a lupa da Operação Lava Jato.

Temos a convicção de que a Petrobrás formou ao longo de décadas sua equipe; os maus gestores não vão destruir este potencial técnico,seja através da discriminação, do isolamentoou da ameaça aos companheiros, usando essa prática criminosa para impedir as denúnciasde irregularidades.

Querer marginalizar o trabalhador honesto e cumpridor de suas obrigações é um atentado à dignidade, à personalidade e à autoestima e configura crime de assédio moral. O Sindipetro Bahia e a FUP atuará com veemência contra este tipo de conduta, revertendo e corrigindo injustiças no âmbito da Petrobras.

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