Fonte: Sindipetro Bahia
Na manhã desta sexta-feira, 04/11, centenas de trabalhadores diretos e terceirizados de todas as empresas que atuam nas áreas da Rlam, Transpetro, Op-Can e Termobahia, cruzaram os braços em protesto contra o desmonte do Sistema Petrobrás, a venda de ativos da empresa, a redução de direitos e a PEC 241, que diminui e congela por 20 anos os investimentos na saúde e educação. O ato contou também com a participação de desempregados da região de Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé.
A paralisação, que durou cerca de três horas, aconteceu no Trevo da Resistência, em São Francisco do Conde, e faz parte do calendário de mobilizações aprovado pela categoria em várias seções de Assembleia Geral Extraordinária, que aconteceram de 25 a 31/10. Na quinta-feira, 03/11, as mobilizações aconteceram nas bases de Santiago e Miranga.
Os petroleiros e petroleiras vêm se mostrando insatisfeitos com a agenda de retrocessos que vem sendo implantada no país pelo governo golpista de Temer e seguida à risca por Pedro Parente.
Como contraponto a FUP lançou a operação Para Pedro para tentar barrar as medidas da direção da Petrobrás, que está propondo arrocho salarial e perda de direitos, além da venda dos ativos da empresa a preços convidativos para o capital internacional.
No ato no Trevo da Resistência, o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressaltou que a atual conjuntura adversa já está sendo sentida de forma profunda principalmente pela classe trabalhadora e segundo ele a paralisação que aconteceu no Trevo da Resistência, na manhã dessa sexta-feira, é uma prova disto. “Muitos companheiros que costumavam ficar nos ônibus desceram e participaram da mobilização, que, por outros motivos, acabou se transformando em um espelho do que está acontecendo no Brasil”.
Me refiro, explica Deyvid, “aos milhares de desempregados- cerca de cinco mil- que estavam hoje no local do ato disputando 50 vagas de emprego na Rlam”.
Deyvid acredita que “por causa da nova e péssima conjuntura nacional promovida pelo governo ilegítimo e golpista que quer tirar direitos da classe trabalhadora e aumentar ainda mais o exército de reserva de mão de obra com os já quase 12 milhões de desempregados, percebemos que a grande presença de pessoas concorrendo a 50 (cinqüenta) vagas de emprego, bem como a de pessoas já empregadas que não querem se ver na mesma situação, estão dispostas a lutar pelos seus direitos.
Ele também falou do caráter amplo da campanha reivindicatória dos petroleiros, que pauta não só a defesa dos interesses da categoria, mas também a soberania do povo brasileiro, o que “vem atraindo a adesão e a participação de outras categorias, movimentos sociais e estudantis para a nossa luta”.
O ato desta sexta, contou com a participação de representantes do Sitticcan, Sintercoba, Sindimetropolitano, Sindlimp, Sindipec, Sinditicc, movimento estudantil da UFRB, Movimento dos pequenos Agricultores (MPA), CUT e FUP.
Na semana que vem as mobilizações continuam até culminar no dia 11/11, com a greve geral, que envolverá todas as categorias em nível nacional.