Segunda-feira (31/07), foi um dia de importantes reuniões na sede do Sindipetro Bahia:

10h às 11h – Comissão de Controle de Custos e Gestão Administrativa:

11h às 12h – Negociação do ACT dos funcionários do Sindipetro Bahia com o SINTEC;

14:30h às 20h – Reunião do Plenário do Sistema Diretivo do Sindipetro Bahia com a participação do contrato Zé Maria Rangel, coordenador geral da FUP, com uma boa análise da conjuntura.

 

Dia  1° de agosto das 8h às 13h, participamos de atividades sindicais com a nova direção do Sindipetro Bahia (Gestão 2017/2020), no Pólo Petroquímico de Camaçari.

Na FAFEN-BA, participamos da finalização do primeiro ciclo da ciranda com as turmas de Turno e Administrativo da Fábrica, fazendo bons debates sobre a conjuntura política, econômica e a Petrobrás com a Categoria Petroleira.

Na UTE Arembepe, participamos de uma reunião com os gerentes das Usinas Termelétricas movidas a Óleo Combustível, que ficam no Pólo, tratando de demandas específicas da categoria, como questões de alimentação, assédio moral, higiene ocupacional e redução de Efetivo Mínimo nessas Unidades.

Em breve, sairemos com informativos específicos sobre essas reuniões.

 

A noite, nos reunimos com o governador Rui Costa para tratar sobre a atual situação da Petrobrás na Bahia. Famaos sobre o desmonte do Sistema Petrobrás no estado, que está sendo realizado através da venda de ativos da companhia às empresas privadas e da redução dos postos de trabalho na própria empresa.

 

Após ouvir os relatos da diretoria, o governador se posicionou contra a saída da Petrobrás da Bahia e a venda das suas unidades. Ele também se comprometeu com as diversas propostas feitas pelo Sindipetro. Conheça algumas dessas propostas e a posição do governador.

– Rui Costa concordou em trabalhar pela constituição de uma Frente de Governadores do Nordeste em defesa do Sistema Petrobrás, abrindo espaço para que a FUP apresente em uma reunião com esses governadores, os impactos com a retração e privatização da Petrobrás na região.

– O governador também irá auxiliar o Sindipetro, realizando, através do governo do estado, interlocução junto à FIEB para a organização de um sindicato patronal das empresas privadas de petróleo para que possa haver negociação de uma Convenção Coletiva, e não Acordos por empresas, visando uma maior proteção aos trabalhadores desse segmento que sofrem com baixos salários e trabalho precário.

– Também ficou acertada a participação do governador ou um representante do governo na Audiência Pública sobre a atual situação da Petrobrás na Bahia, que acontece nesta quarta-feira, 02/08, na ALBA. E, também, a sua participação ou de um representante no Congresso Nacional dos Petroleiros, que acontece de 03 a 06 de agosto, em Salvador, no Hotel Fiesta.

– Outro ponto acordado foi a garantia de participação do Sindipetro Bahia nas comissões temáticas de Petróleo e Gás da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que deve iniciar com duas reuniões e outras atividades em setembro, onde o movimento sindical irá discutir com o empresariado e o governo do estado, o modelo de indústria de petróleo e gás, na Bahia.

 

Auditório lotado, com predominância da cor laranja. Assim foi a Audiência Pública sobre o Sistema Petrobrás na Bahia – desafios e perspectivas, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 02/08, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com transmissão ao vivo pelo facebook do Sindipetro Bahia.

Laranja era a cor das camisas vestidas pelos petroleiros, centenas deles, vindos de todas as unidades do Sistema Petrobrás do Brasil. Em pauta, a defesa da estatal que está sendo fatiada e privatizada pelo governo golpista de Temer (PMDB) e seus aliados do PSDB, DEM e outros partidos de direita.

Organizada pelo Sindipetro Bahia e pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT-BA), a Audiência promoveu um rico debate sobre o que vem acontecendo na Bahia com a venda de diversos ativos da empresa a exemplo de 50% das Termelétricas Rômulo Almeida e Celso Furtado, e o anúncio da venda dos campos terrestres, Terminal de Madre de Deus e a RLAM.

A mesa, bastante representativa, foi composta por representantes de diversos segmentos da área de petróleo, construção naval, engenharia, rurais, educação, além de parlamentares, economista, sindicalistas, centrais sindicais, governo do estado e de municípios baianos.

Uma platéia, com mais de 300 pessoas ouviu atentamente o relato dos debatedores sobre as graves conseqüências que já começam a ser sentidas na Bahia com a redução dos investimentos da Petrobras e a venda de suas unidades no estado.

O prefeito do município de Catu, Geranilson Dantas, afirmou que os 12 municípios situados no entorno das unidades da Petrobrás, cujas economias dependem das atividades da empresa, já foram afetados. “Catu foi quem mais sofreu com o fechamento de várias empresas. Tivemos a redução de 697 postos de trabalho desde 2016 e quase 2 mil empregos a menos nos 12 municípios”.

O economista e ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, mostrou que a política de conteúdo nacional foi totalmente abolida e a engenharia e indústria estão sendo destruídas. Ele também falou sobre o setor do refino, “que está sendo aberto e reorganizado para que outras empresas possam atuar. Além de mudanças profundas que estão sendo efetuadas no gás e energia”.

Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “os golpistas querem dar inicio à destruição do Sistema Petrobrás, onde ele começou, ou seja, na Bahia. Eles também não suportam o fato de o nosso estado ter um governo de esquerda que vem realizando uma gestão eficiente, e tentam fragilizar a economia da Bahia para afetar a gestão petista”.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do estado da Bahia, Jaques Vagner, reafirmou o engajamento do governador Rui Costa, a quem ele estava representando, à luta em defesa da Petrobrás. Vagner lembrou a época do governo de FHC, quando petroleiros e bancários conseguiram barrar a privatização da Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica. O secretário disse ter orgulho da categoria petroleira e a convicção de que “não temos outro caminho para botar esse país em ordem que não seja a rua e resistência”.

Para o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, será muito difícil reverter o estrago que os golpistas estão fazendo ao desmontar o Sistema Petrobrás. Rangel também falou da urgência de ocupar as ruas, de reagir. Será que esse povo que deu o golpe faria isso para depois de dois anos a esquerda voltar ao poder? Precisamos saber que 2018 pode não chegar. E ai? Vamos ficar parados esperando? Provocou o coordenador da FUP.

Para o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, os trabalhadores e trabalhadoras não vão se intimidar “com o péssimo momento pelo qual passamos no Brasil. Temos que resistir sim e construir uma greve geral para enfrentar esses golpistas e que pode partir da categoria petroleira”.

O deputado Rosemberg Pinto encerrou a Audiência afirmando que a principal tarefa a ser cumprida é envolver os diversos segmentos da sociedade na luta, não só em defesa da Petrobrás, mas do restabelecimento da democracia no Brasil.

Também participaram da mesa de debates, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do governo do estado da Bahia, Jonas Paulo, a Coordenadora de Formação e Educação Profissional, da CONTRAF/CUT, Elisângela Araújo, o presidente do CREA Bahia, Marco Amigo, o Secretário de Organização e Finanças e Coordenador do Setor Naval da CNMM, Edson Rocha, a representante da Marcha das Mulheres e Consulta Popular, Júlia Garcia e a professora da Faculdade de Educação daUFBA, Marise Carvalho.

 

Quase 2 mil petroleiros realizaram na manhã de quarta-feira, 02/08, das 6h às 9h30, um grande ato no local conhecido como rótula da vitória, próximo ao portão principal de entrada da RLAM.

A mobilização contou com a participação de petroleiros diretos e terceirizados e da delegação petroleira que participa, do XVII Congresso da Federação Única dos Petroleiros (Confup), em Salvador, que acontece de 03 a 06/08.

De acordo com o coordenador da FUP, José Maria Rangel, o ato foi o pontapé inicial para a abertura do Congresso dos Petroleiros. “É muito importante essa proximidade com a categoria, assim como precisamos intensificar o diálogo com a sociedade a respeito do desmonte do Sistema Petrobrás e suas consequências para o Brasil”.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, lembrou que a primeira refinaria da Petrobrás, entrou em operação em 1950, na Bahia. “Foi aqui também que em 1954 se organizou o primeiro sindicato dos petroleiros do Brasil, o STIEP, mas, infelizmente, eles querem começar o desmonte do Sistema Petrobrás exatamente aqui na Bahia”.

Deyvid também falou que desde 2015 o movimento sindical petroleiro vem denunciando a intenção da empresa de vender diversos ativos, a exemplo das refinarias e terminais, “mas uma parcela da categoria não acreditou no que dizíamos, chegaram a nos chamar de profetas do apocalipse. Hoje, a realidade prova que estávamos certos”. Mas, segundo ele, não há espaço para lamentação, “temos que partir para a luta e construir uma grande greve. É uma questão de sobrevivência, e não será mais permitido a essa categoria ficar em cima do muro”.

O ato, que teve uma grande presença das mulheres petroleiras, foi encerrado ao som do hino nacional, com uma caminhada até o portão da Refinaria, onde a delegação do Confup aplaudiu a categoria que, após a mobilização, entrava para o seu local de trabalho.

 

 

Os trabalhos do XVII continuaram na t sexta-feira, 04/08, com o painel  “Os pilares do golpe jurídico, parlamentar e midiático no Brasil”, com o deputado federal Paulo Pimenta (PT- ), o pesquisador da PUC São Paulo, Pedro Serrano e o jornalista Mino Carta, diretor de redação da revista Carta Capital.

Em sua explanação, o jornalista Mino Carta foi enfático, “não há acordo com a “casa grande”. Ela é, inevitavelmente, responsável pelo atraso no Brasil, que se manifesta de diversas formas”. Para ele no Brasil tudo é feito para que a “senzala” permaneça onde está,  “programas como o do Faustão e as telenovelas, que mostram um Brasil que não existe, contribuem muito para isso”.

Carta disse  ainda ter uma grande admiração pelo MST e pelo Movimento dos Sem Teto, que “atuam com grande eficácia”. Mas o  jornalista criticou a política de comunicação dos governos do PT, ressaltando que a esquerda precisa fazer “um profundo e sincero exame de consciência”.

O  deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS),  fez uma análise política do golpe, que segundo ele  iniciou no dia em que Dilma ganhou as eleições. Para ele é precisa olhar para o mundo para entender o golpe no Brasil,” o sistema capitalista por natureza vive de ciclos históricos e econômicos, a cada momento de crise do capitalismo há uma ruptura”.  Pimenta afirmou que “o golpe teve uma natureza econômica e visa o desmonte do estado, sendo que o petróleo está sendo a primeira vitima”.

O pesquisador da PUC- SP, Pedro  Serrano, empolgou os congressistas ao dar uma aula sobre a política de direito de exceção, ressaltando que “os estados autoritários são criados a partir da democracia”. Ele também abordou a violência e a desigualdade social.
A delegação da Bahia, anfitriã do evento, está acompanhando os debates e realizando intervenções.

 

 

Essa é a nova diretoria da FUP, gestão 2017-2020.

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