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Foi aprovado no final da última semana e apresentado segunda-feira (04.04) o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário – PIDV da Petrobrás, onde a empresa prevê o pagamento de indenizações de cerca de 212 mil a 706,6 mil reais aos funcionários que aderirem ao PIDV.

 

Os funcionários ficaram sabendo do Plano através de um comunicado interno distribuído na companhia. Destacamos que o assunto não foi discutido em reuniões do Conselho de Administração.

 

“Até então, ficamos cientes do assunto apenas pela matéria ”Petrobrás prepara novo PDV e projeta corte de 12 mil empregados” no site do Estadão, publicada no dia 17/03/2016. Infelizmente ou felizmente, algumas informações sobre esse PDV já tem circulado no seio da categoria com riqueza de detalhes, transparecendo que esse Plano de Demissão seria parecido com os que foram feitos na época de Collor e FHC. Ou seja, aberto para todos os empregados com ou sem tempo de aposentadoria pelo INSS e PETROS; com um incentivo calculado pelo tempo de empresa mais a idade do empregado, dividido por dois vezes o salário; com período de dois meses de adesão e saída, e realização de um novo e grande mobiliza com transferência compulsória.

 

Ao questionar sobre isso oficialmente, apenas fui informado que esse assunto ainda não foi pautado na Diretoria Executiva, nem no Conselho de Administração, mas que realmente estudos sobre um novo PDV estão em andamento com a possibilidade disso ser discutido nos fóruns decisórios da Companhia, logo após a aprovação e execução do processo de reestruturação da Empresa.”

 

Esse é trecho de uma matéria divulgada no nosso blog, após a última reunião do CA, que aconteceu no dia 21 de março de 2016.

 

Um outro aspecto que nos chama atenção é que o PIDV não foi apresentado e nem conversado com entidades sindicais. Todavia, os sindicatos já estão se organizando e em breve deverão apresentar seus posicionamentos e decisões, acerca dessa decisão arbitrária da direção da Petrobrás, que com certeza trará consequências negativas para a categoria petroleira.

 

“O grande problema é que é qualquer empregado pode aderir ao programa, um PIDV desse só ocorreu nos governos de Collor e FHC. Tem vários processos de pdvistas da década de 90, além disso poderá existir uma pressão sobre os funcionários para se desligarem da companhia. Isso porque muitos empregados estão perdendo cargos com gratificações e até mesmo podem ser enviados para outras funções e localidades que considerem desvantajosas”, disse Deyvid Bacelar.

 

A Petrobrás informou aos seus funcionários que os desligamentos do PIDV 2016 vão acontecer no menor tempo possível, respeitando o prazo mínimo de 60 dias, até no máximo maio de 2017.

 

Uma outra preocupação é que os trabalhadores que continuarem na empresa poderão ser sobrecarregados, sobretudo nas áreas operacionais, o que pode aumentar o número de acidentes de trabalho e também de horas extras. Além disso, os trabalhadores perdem muitos benefícios com essa situação.

 

Chegou o momento de unirmos forças para impedir mais uma atitude arbitrária e prejudicial à nossa categoria. Juntos vamos fortalecer a luta e o movimento em Desefa da Petrobrás, do Pré sal, do regime de partilha e dos nossos direitos.

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