Ontem (10.05) aconteceu mais um episódio do desmonte da Petrobrás, o Leilão Internacional para alienação das sondas PETROBRAS III (P-III), PETROBRAS X (P-X), PETROBRAS P-XVI (P-XVI), PETROBRAS X-VII (P-XVII), PETROBRAS P-XXIII (P-XXIII), PETROBRAS P-59 (P-59) e PETROBRAS P-60 (P-60), em uma Audiência Pública realizada as 14 horas no Edifício Senado, no Rio de Janeiro.

 

Muitos petroleiros e petroleiras foram pegos de surpresa e o sentimento despertado é de indignação, como o aposentado Jessé que trabalhou em algumas dessas sondas “É uma vergonha nacional, as plataformas P10, P 16, P17 e P23 serem vendidas no leilão. Que notícia triste”.
As plataformas atracadas na Bahia que foram vendidas são:
P-10 vendida em leilão por US$ 900.000,00;
P-16 vendida em leilão por US$ 920.000,00;
P-17 vendida em leilão por US$ 1.000.000,00;
P-23 vendida em leilão por US$ 1.300.000,00;
P-59 ofertada lance único de US$ 30.000.000,00. Passível de confirmação se será aceito;
P-60 ofertada lance único de US$ 30.000.000,00. Passível de confirmação se será aceito;

 

As sondas P-59 e P-60 foram construídas no canteiro de São Roque do Paraguaçu, na Bahia. O investimento da Petrobrás foi de cerca de US$ 700 milhões. Elas foram as primeiras unidades deste tipo construídas no Brasil em 30 anos, representando um passo para retomada da indústria naval brasileira.

Segundo matéria do jornalista Nicola Pamplona, publicada no Jornal Folha de São Paulo, no dia 17 de março de 2017, “Cada unidade custou a estatal US$360 milhões. Ao contrário dos modernos navios-sonda, que flutuam e podem ser levados a águas ultraprofundas, P59 e P60 são unidade autoelevatórias: são apoiadas no fundo do mar por três torres de 145 metros.”

 

“Não é possível que essa “mutilação” esteja acontecendo com a nossa Petrobrás. A Bahia perde muito com esse desmonte, na verdade o Brasil inteiro é prejudicado, pois vender duas sondas tão novas e por um preço mínimo que não chega a ser 10% do investimento feito pela Petrobrás é um verdadeiro absurdo. O Sindipetro Bahia está tentando barrar a venda desse patrimônio público com ações judiciais que já estão sendo impetradas pelos assessores jurídicos do sindicato. A categoria petroleira junto com o sindicato, a FUP e outras categorias que entendem a importância da Petrobrás está sendo provocada a realizar mais uma greve histórica contra o desmonte e a privatização do Sistema Petrobrás, tendo em vista que essas sondas são apenas alguns dos inúmeros ativos que estão sendo entregues a iniciativa privada.” declara Deyvid Bacelar.

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