Na manhã desta terça (02/02), Deyvid Bacelar esteve na REDUC/RJ, com outro Conselheiro de Administração da Petrobrás e membro do Comitê de SMS, para fazer uma análise preliminar do acidente que causou a morte do técnico de operação Cabral. Na visita, os dois foram acompanhados pelo Diretor do ABAST, Gerente Executivo do Refino, Gerente Geral de SMS do Corporativo e Gerente Geral de SMS do ABAST, além do corpo gerencial da REDUC (GG, TE, MI, IE e SMS).

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De acordo com informações obtidas com a operação, o TO Cabral caiu, no dia 31 de janeiro, num tanque aquecido a 75 graus, após rompimento do teto do equipamento que estava com corrosão acentuada, quando foi fazer uma medição manual do volume desse tanque, que com base no relato inicial e em documentos que foram emitidos antes, com diversas recomendações sobre o tanque.

Segundo o Sindipetro Caxias, são comuns as reclamações da operação referentes à falta de manutenção nos tanques e efetivo mínimo reduzido. O sindicato da categoria nessa base também informou que o MTE interditou tanques na REDUC, em 2014, devido à corrosão acentuada nas escadas de acesso, tetos, corrimãos e guarda-corpos desses equipamentos estáticos, bem como devido à iluminação inadequada e falta de “pontilhão” (passarela) de acesso aos tanques.

A gerência da REDUC informou que o tanque ainda está sendo drenado para que o corpo seja encontrado, atividade que deve ocorrer até o final desta tarde.

Além das informações sobre o acidente, o conselheiro Deyvid Bacelar solicitou os relatórios da inspeção de equipamentos com recomendações (ZR) para esse tanque, notas de manutenção que possivelmente tenham sido abertas, relatórios de inspeção de segurança do SMS, atas da CIPA da REDUC com relatos desse desvio de condição insegura, autos de infração do MTE. Segundo ele, todas essas informações referentes a esse tanque e outros dessa área nos últimos três anos.

Bastante comovido com a morte do trabalhador, por negligência da empresa, Deyvid ressalta que espera ajudar, de alguma forma, para que fatos como esse nunca mais voltem acontecer com quem quer que seja e em nenhum lugar da empresa. Ele chama a atenção da alta administração da Petrobrás/CA, para assumir reais compromissos com o tema SMS.

Segundo ele, o Gerente Executivo do Refino e do SMS Corporativo deu garantias de que será proibido o acesso ao teto dos tanques em todo refino, até que esse acidente seja investigado e analisado com suas causas básicas identificadas. “Infelizmente”, declara Deyvid Bacelar, “mais uma vez o sistema de gestão de SMS da Petrobrás falhou, causando a morte de mais um petroleiro”.

Fica a pergunta: de quem é a responsabilidade por esse acidente ter ocorrido?

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