Durante os últimos 15 anos, a Petrobrás investiu em negócios de Distribuição fora do Brasil. Entre 2000 e 2009, a companhia comprou a Eg3 e a Peres Companc na Argentina, a Shell na Colômbia, Paraguai e Uruguai, e a Esso e Texaco no Chile.

 

Nasceu assim um negócio lucrativo e de alta visibilidade em 5 países: Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai, com cerca de: 900 postos de serviços, três fábricas de lubrificantes, terminais, aeroportos, venda a grandes clientes industriais, lojas de conveniência e etc, em todos estes países.

 

Estes 5 países  formam um grupo com excelente ambiente para investimentos, mesmo a Argentina, que vivia uma grave crise, tem melhorado. Todos eles, apresentam hoje Risco País melhor do que o Brasil.

 

Atuar no exterior, reduz a classificação de risco da Petrobrás, gera resultado em moeda forte e oferece um canal a mais para rentabilizar os Ativos da Estatal no Brasil, através da exportação de derivados e dos lubrificantes Lubrax.

 

No ano passado, estes Ativos, apresentaram rentabilidade de 14, versus um ROCE de 7% da BR. Ou seja, o dobro do resultado. Neste caso, foram mais de 100 milhões de dólares em Lucro Operacional, versus 450 milhões de dólares da BR. Isso, com um volume de vendas de 10% do volume da BR.

 

Vender tais ativos é um erro estratégico que afetará a geração de caixa da Petrobrás, num momento de crise da empresa. Nosso futuro está comprometido!

 

Somente no Chile, entre 2009 e 2015, foram investidos mais de 650 milhões de dólares, contra um preço de venda de 490 milhões de dólares.

 

Só a Petrobrás Paraguai fatura cerca de US$ 500 MM ao ano, gera US$ 60 MM ao ano de EBITDA, investindo US$ 10 MM de Capex ao ano, isto é, gera 6 para cada dólar investido. Seu ROCE é da ordem de 25 a 30% ao ano, há 10 anos seguidos. Volume anual de vendas de 550 mil m3, dos quais 70% são importados do ABAST, o qual aufere cerca de 10 MM adicionais de lucro bruto anual. É um ativo que paga dividendos para a companhia e gera receitas em moeda forte de maneira permanente. Além disso, compra cerca de 400 a 500 m3/mês de lubrificantes da BR, pagando em US$. Junto com o Uruguai, provavelmente os maiores clientes individuais da BR de lubrificantes. Fronteiras diretas com o Mato Grosso do Sul, o Paraná e o Rio Grande do Sul.

 

Mesmo com lucros e a segurança da rentabilidade através de uma moeda mais forte do que a nossa, infelizmente fomos pegos de surpresa essa semana com a notícia de que mais duas subsidiárias foram vendidas, uma na Argentina e outra no Chile. A operação gerou cerca de US$1.382 bilhão, segundo matéria publicada no dia 03 de maio de 2016, no UOL de São Paulo.

 

A hora agora é de resistir e não de recuar.

 

Vamos juntar forças a impedir o desmonte na nossa Petrobrás.

 

Juntos somos mais fortes!

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