A nossa primeira reunião do CA foi bastante rica e proveitosa. Na apresentação do balanço do primeiro trimestre deste ano, alguns resultados se destacaram:

  • A Petrobrás atingiu um lucro líquido de R$5,3 bilhões;
  • A produção de petróleo cresceu 18%;
  • O saldo em caixa da empresa alcançou R$68,2 bilhões.

Com isso, nos parece claro que as perspectivas de médio e longo prazo para a Petrobrás são bastantes favoráveis, principalmente se agregarmos os resultados positivos alcançados pelo pré-sal e solidez do desenvolvimento tecnológico e produtivo. Apesar disso, estamos preocupados com o afastamento do governo, pois é necessário termos bons técnicos e pessoas da nossa confiança para participar desse novo momento da estatal.

 

O planejamento estratégico da empresa está sendo refeito e tudo indica que a nova gestão quer dar um novo foco da empresa para a área de E&P, o que vai de encontro à grande empresa integrada de energia que a Petrobrás se tornou nos últimos anos. Além de uma mudança na estrutura organizacional, que deverá diminuir um pouco a sua verticalização e dar uma maior autonomia à área TI (Tecnologia da Informação) e SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde).

 

Discutimos a reestruturação da Ouvidoria, que é um espaço para o público interno e externo denunciar, criticar, elogiar e sugerir propostas para empresa, mas que necessitava de uma série de ajustes. Dentre esses ajustes, ficou definido que será criado um novo canal de denúncia para fraudes e corrupção, dentro da ouvidoria, que será acompanhado pela nova diretoria de governança e conformidade. Além disso, fomos favoráveis à contratação de uma empresa para a seleção de um novo ouvidor, mas sugerimos que o processo seletivo seja realizado com o público interno da Petrobrás, pois acreditamos que no quadro de funcionários atual, tenha pessoas competentes e preparadas para assumir a função. O conselho recebeu bem a nossa proposta e ficou de avaliar como será feito o processo seletivo.

 

Foram aprovados os comitês: de auditoria – que será apresentado trimestralmente para o CA um relatório da auditoria interna e outro da ouvidoria com as denúncias de fraudes e corrupção, bem como as reclamações de diversos temas feitas pelos públicos interno e externo; de remuneração e sucessão – nessa comissão o conselheiro eleito pelos trabalhadores ainda não pode participar, por conta da Lei 12.353, mas já estamos tentando modificar essa situação no Congresso Nacional com a ajuda da Senadora Fátima Bezerra; financeiro – onde os conselheiros especialistas em finanças, contabilidade e auditoria estarão presentes; estratégico – em que os conselheiros e assessorias trabalharão com o plano de negócios e planejamento estratégico da Petrobrás, e; de SMS ( Segurança, Meio Ambiente e Saúde) – aquele que nós participaremos com a Esperança de ajudar a mudar a atual gestão de SMS da Companhia. Para a próxima reunião do comitê, já temos temas sugeridos por pessoas de diversas bases a serem propostas para a pauta do CA, como o acidente ocorrido na plataforma Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, que levou a morte de nove trabalhadores da empresa norueguesa BW Offshore (plataforma fretada em campo da Petrobrás), permanência da UO-Sul e incorporação da Termobahia S/A.

 

É importante destacar, que conseguimos emplacar alguns pontos de grande relevância na reunião; ratificamos uma decisão da época de Zé Maria, como Conselheiro, de fazermos as reuniões do CA em unidades das diversas áreas da empresa, a fim de nos aproximarmos mais dos trabalhadores e trabalhadoras. Essa proposta foi bem apreciada por Aldemir Bendine, presidente da Petrobrás e Murilo Ferreira, presidente do Conselho Administrativo, além dos outros conselheiros. Outra proposta foi de reorganizar a divulgação dos resultados, com o intuito de apresentar os dados para a imprensa e informar também as entidades sindicais que representam a categoria Petroleira. E cumprindo uma promessa de campanha, apresentamos a ampliação do mandato do conselheiro eleito pelos trabalhadores e trabalhadoras para dois anos, com possibilidade de apenas uma reeleição.

Ficou definido também que na próxima eleição será eleito um conselheiro e um suplente para representar a classe trabalhadora.

 

 

 

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