Acordo hoje mais triste que ontem, mais indignado e também mais alerta. Acordo hoje ao som de mais uma trombeta tocada por este regime de exceção que muitos ainda acham exagero quando falamos. A tristeza da notícia da morte da Marielle nos invade e junto vai um pouco de nós.

Conheci Marielle Franco num ato do VAMOS na Cinelândia e ela representa para mim um grande quadro da esquerda, com um discurso e uma prática que nos davam a esperança de que, realmente, nós podemos ajudar a mudar o mundo.

A companheira Marielle estava relatora da Comissão da Intervenção Militar na Câmara no Rio de Janeiro e no domingo passado havia denunciado em suas redes as ações truculentas da Policia Militar na favela do Acari, região do Irajá, por isso, não podemos descartar a hipótese de crime político. Todo ‘modus operandi’ colabora com a suspeita.

Uma mulher, negra, que denunciava a corrupção na câmara e na polícia, mãe e defensora da igualdade, nascida e criada na favela da Maré foi tombada. Estamos em um verdadeiro Estado de Exceção e as nossas posições ideológicas podem ter um alto preço, o preço de nossas vidas!

Estamos de luto e continuaremos na luta.

#MariellePresente

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