Pela FUP
A FUP protocolou nesta segunda-feira, 30, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o documento enviado na semana passada ao Conselho de Administração da Petrobrás, onde cobra aos conselheiros que rejeitem a nomeação de Pedro Parente para a Presidência da companhia.
O objetivo é alertar a CVM sobre a preocupação dos trabalhadores da Petrobrás de que o CA referende no comando da empresa alguém que responde na justiça a ação por improbidade administrativa e que no passado causou prejuízo de mais de US$ 1 bilhão à companhia.
Veja a íntegra do documento da FUP:
Carta Aberta aos Conselheiros da Petrobrás
DIGAM NÃO À NOMEAÇÃO DE PEDRO PARENTE
A indicação de Pedro Parente para a Presidência da Petrobrás coloca em risco o futuro e a credibilidade da empresa.
Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém que responde na justiça a ação por improbidade administrativa?
Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém que ficou conhecido em todo o Brasil como o “ministro do apagão”, por não ter conseguido gerenciar a crise de energia, submetendo a população a cortes de luz e a contas altíssimas?
Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém que causou prejuízos à empresa de mais de US$ 1 bilhão?
Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, se comprometendo a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro. O valor das usinas equivalia a um terço das chamadas “contribuições de contingência”, que geraram prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás.
Pedro Parente responde ainda a ações de reparação de danos por improbidade administrativa, que correm na 20° e 21° Varas Federais de Brasília, onde o Ministério Público Federal questiona o socorro financeiro que o Banco Central fez em dezembro de 1994 a dois bancos privados que estavam em processo de falência – Econômico e Bamerindus. Na época, Pedro Parente era Secretário Executivo do Ministério da Fazenda. A ajuda que ele e outros ministros de FHC deram aos banqueiros causou um prejuízo ao Estado de R$ 2,9 bilhões, que corrigidos em valores atuais equivalem a mais de R$ 15 bilhões.
Não é através de gestores com esta trajetória que a Petrobrás vencerá a crise que atravessa. O perfil de Pedro Parente o descredencia por completo a assumir o comando de uma empresa estratégica para o desenvolvimento nacional.
Fazemos um apelo a todos os integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás para que não referendem a nomeação de Pedro Parente.
Direção Colegiada da FUP