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Notícias CA da Petrobrás – Agosto

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A privatização não é a única solução para a reestruturação da Petrobrás

Após a última reunião do Conselho de Administração da Petrobrás e a apresentação do novo modelo de Plano de Negócios, ficou claro que uma das estratégias é a da venda de ativos da empresa, com a intenção de melhorar a atual e difícil situação financeira. O montante da venda previsto até 2018 é de US$ 57,7 bilhões; sendo que para 2015/2016 está previsto US$15,1 bilhões, onde 30% serão em exploração e produção, 30% no abastecimento e 40% em gás e energia; já em 2017/2018, os desinvestimentos deverão totalizar US$ 42,6 bilhões, incluindo a venda de ativos e reestruturação de negócios.

Já existem algumas negociações em andamento, como por exemplo a Gaspetro. E ainda segundo informações da Agência Estado, na lista dos desinvestimentos consta: fábricas de fertilizantes, termelétricas, além de ativos do setor petroquímico e de biocombustíveis. Além disso, no último dia 17, a Petrobrás informou através do Diário Oficial da União, que vai realizar um leilão internacional para a alienação do FPSO P-34.

É notório que a reorganização e ajustes são necessários, mas não podemos aceitar a ideia de que a privatização seja a única solução para o restabelecimento da estatal. Acreditamos que a Petrobrás em breve irá se reerguer pelo potencial e estrutura da organização.

Essas decisões podem gerar um grande risco para a continuidade do desenvolvimento na empresa e conseqüentemente, para a vida dos petroleiros.

É hora de nos juntarmos para cobrar soluções mais justas para a maior empresa pública do país e atitudes que não prejudiquem a vida das trabalhadoras e trabalhadores da Petrobrás.

A nossa união faz a força da Petrobrás!

Não se esqueça que no dia 24 de julho, vamos parar 24 horas e exigir os nossos direitos.

O GASBOL ANTES E DEPOIS DA NACIONALIZAÇÃO DAS RESERVAS DE GÁS DA BOLÍVIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A PETROBRÁS

Os investimentos no setor de gás e energia têm sido cada vez mais crescentes ao longo dos últimos anos, o que permite que a expansão da oferta de gás possa acompanhar as projeções de aquecimento da demanda por esse combustível nos próximos anos. A Petrobrás tem desenvolvido infraestrutura de produção, de transporte e de importação, de modo a garantir o suprimento de gás para setores fundamentais da economia nacional, como a indústria e a agropecuária, seja por meio da produção de fertilizantes ou atendendo as necessidades do mercado termelétrico. Diante disso, pode-se afirmar que o setor de gás da companhia pode ter grande contribuição na geração de mais empregos e de mais renda, porque fortalece setores econômicos que condicionam o desenvolvimento do país.

Entretanto, o anúncio do novo Plano de Negócios e Gestão deixou claro que o setor de gás e energia da Petrobrás é um dos que mais vai ser afetado pelo plano de desinvestimentos, com cortes de aproximadamente 40%. Dentre esses cortes, segundo informou o jornal O Globo, a companhia pretende vender 49% da Gaspetro, empresa extremamente importante e que gere quase sete mil quilômetros de gasodutos. Abrir mão da gestão de desses gasodutos, vendendo parte deles para a iniciativa privada, reduz o papel da Petrobras, ou seja, do Estado Nacional, na gestão de um insumo energético fundamental. Esse quadro pode ter implicações no controle do mercado desse combustível, com consequências na sua oferta a longo prazo.

Diante desse cenário, a importação de gás da Bolívia, por meio do gasoduto Brasil-Bolívia (GASBOL), tende a ganhar uma importância ainda maior por se tratar de um mecanismo extremamente necessário para estruturar o mercado nacional desse setor. Nesse sentido, deve-se enfatizar as razões pelas quais o GASBOL funciona de forma mais efetiva atualmente do que na era do governo FHC, sobretudo após a nacionalização do gás pela Bolívia, em 2006.

O GASBOL foi criado em 1996, durante os governos de FHC e de Gonzalo Sanchéz de Lozada, após a assinatura de acordo entre a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) e a Petrobrás. O regime que norteava o acordo era o take-or-pay, por meio da qual a companhia brasileira era obrigada a pagar pelo gás contratado, independentemente de ser utilizado ou não. Isso foi feito para que se tentasse criar maior demanda de gás no Brasil, já que o mercado era incipiente. Entretanto, essa estratégia representou sérios riscos à empresa porque ela teve de operar com pouca ou nenhuma margem de lucro, além de ter assumido o transporte do gás para o Brasil. Ademais, a viabilidade econômica do projeto era problemática, tendo em vista que a taxa de retorno era projetada em 10% ao ano e o custo financeiro girava em torno de 12% ao ano. Junto ao problema financeiro, o modo de funcionamento do GASBOL levou à Petrobrás a interromper pesquisas com outras fontes de energia (eólica e solar, por exemplo), além de ainda ter gerado maior dependência externa de um insumo que era controlado por empresas multinacionais, preocupadas essencialmente em angariar lucros.

A nacionalização das reservas de gás pela Bolívia, em 2006, não foi prejudicial à Petrobrás, ao contrário do que alardeou a grande mídia à época, considerando-se que nunca houve interrupção do envio de gás; aliás, os volumes de envio de gás natural mantiveram-se normais. No que diz respeito à política externa energética, os investimentos realizados pela companhia brasileira na Bolívia tampouco foram economicamente danosos – apesar da redução de ganhos – afinal ela recebeu de volta o valor desses investimentos e manteve uma rentabilidade maior que 15% nos negócios com a Bolívia, além de ter obtido lucro com a construção e operação do GASBOL e ter suprido uma carência energética nacional.

A nacionalização permitiu que o governo boliviano conseguisse preços e condições mais favoráveis de negociação, além de ter aleijado as empresas privadas do controle do monopólio de um insumo energético tão caro à economia boliviana, tendo preservado, portanto, a soberania energética nacional, o que segue a mesma lógica do caso da Petrobrás: a recusa do entreguismo, ou seja, da entrega do monopólio do patrimônio nacional a empresas multinacionais, que não têm compromisso com os interesses do Brasil. Além disso, ela não impediu que a Petrobrás trabalhasse com estabilidade, pois o fornecimento de gás por meio de importações da Bolívia mantém projeções de 30 milhões de m³ por dia até 2019, o que vai ser fundamental para a garantia do desenvolvimento do Brasil, por intermédio do fortalecimento da indústria, o que garante mais emprego e renda para os trabalhadores.

Discussão sobre impactos negativos da Operação Lava Jato e dos desinvestimentos na atividade econômica do Brasil

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Após uma peregrinação no Senado Federal conversando com senadoras e senadores sobre os danos do Projeto de Lei 131 do tucano José Serra, pela manhã, estamos agora em uma importante reunião sobre os “impactos negativos da operação lava jato e dos desinvestimentos na atividade econômica nacional e no índice de emprego do Brasil” com o Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Secretário Nacional de Petróleo e Gás do MME Marco Antônio Armando Monteiro.

Boa reunião com o encaminhamento de uma comissão executiva para se reunir semanalmente com representações do Governo, Congresso, Trabalhadores, Entidades de Classe e Empresários para buscar soluções para a atual crise.

Conselheiros eleitos da Petrobrás (Deyvid Bacelar) e Transpetro (Raildo Viana) juntos na Defesa do Brasil.

Juntos somos mais fortes!

Chegou a hora de nos unirmos e reinvidicarmos os nossos direitos

Companheiras e companheiros,

A Petrobrás está passando por um dos momentos mais complexos e difíceis dos últimos 20 anos. A estatal vem sendo bombardeada de todas as formas, diariamente, onde os petroleiros da ativa, aposentados e terceirizados, também sofrem com esses ataques.

Na última reunião do Conselho de Administração, no dia 26 de junho, foram aprovadas algumas decisões, mesmo com o nosso voto e posicionamento contrários. É a confirmação de uma nova realidade para Petrobrás e todos nós!

Os principais pontos discutidos foram:

1- Redução dos investimentos da empresa entre 2015 e 2019 no montante de mais de 76 bilhões de dólares, o que compromete o desenvolvimento da empresa no médio e longo prazo, bem como a geração de emprego e renda e a economia no país;

2- Redução de mais de 13 bilhões de dólares com despesas de pessoal próprio e terceirizado, que pode significar milhares de demissões de trabalhadores terceirizados e retirada e/ou rebaixamento de direitos dos próprios, como: AMS, Benefício Farmácia, Petros, avanço de nível e promoção automáticos, PLR, mudanças de regimes de trabalho, entre outros;

3- Venda de ativos da Petrobrás no Brasil e fora do país, que podem totalizar cerca de 57 bilhões de dólares, entre 2015 e 2019, que na prática significa a privatização branca de uma parcela significativa da empresa.

Entre esses ativos, como prioridade para a venda entre 2015 e 2016, estão todos os campos maduros de produção da estatal em terra e mar.

Diante da atual conjuntura, é hora de nos juntarmos – categoria Petroleira, FUP e seus sindicatos, Metalúrgicos, CNM, trabalhadores da construção civil e montagem, CONTICON, químicos e petroquímicos, CNQ, e iniciarmos uma forte luta em defesa da Petrobrás, da classe trabalhadora, empregos, dos nossos direitos e do PRÉ-SAL que também é patrimônio do povo brasileiro. Seremos a linha de frente na defesa contra esses ataques e contra aqueles que buscam se aproveitar do momento para se apropriar de uma riqueza que pertence ao povo brasileiro.

Nos próximos dias, estaremos encaminhando as primeiras ações e iniciando a nossa luta contra esse absurdo. Contamos com cada um de vocês, para juntos defendermos a Petrobrás e evitarmos o retrocesso na empresa e em nossas vidas.

Defender a Petrobrás, é defender o Brasil!

Um forte abraço,

Deyvid Bacelar

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