Hoje o meu convite é para reflexão do que vem sendo discutido e apresentado sobre a Petrobrás. Será que a saída é a privatização?

 

O novo plano de desinvestimento “voltou” a ser discutido com maior velocidade, após Pedro Parente assumir a presidência da Estatal. A redução de custos e aumento da receita são os principais focos desse planejamento, deixando claro a continuidade da pretensão em privatizar boa parte da Companhia. Mas, porque o “novo” plano está sendo projetado para 2017/2021, modificando o anterior que era 2016/2020? Aonde foi parar o ano de 2016?

 

Segundo a jornalista Claudia Siqueira, na sua matéria publicada no dia 27 de julho de 2016, “Em vez do esperado período 2016-2020, o novo plano está sendo revisto com projeção para o horizonte de 2017-2021, deixando de fora 2016, ano dado como perdido, já que a aprovação e a divulgação estão previstas para ocorrer entre o fim de setembro e o início de outubro.“

E a venda de ativos, como anda?

De acordo com Ramona Ordonez, em matéria veiculada no O Globo do dia 02 de fevereiro de 2016, “A Reduc e a Regap são da década de 1960, mas têm recebido investimentos para modernização nos últimos anos, para assegurar a qualidade dos combustíveis produzidos. A Regap tem capacidade de refinar 151 mil barris por dia, e a Reduc, outros 250 mil — é uma das maiores do país. De acordo com seu projeto original, o Comperj previa duas unidades de refino, com capacidade para processar 165 mil barris diários de petróleo, cada. Segundo uma fonte, o Comperj será apenas uma refinaria para produzir combustíveis, tendo sido totalmente abandonado o sonho de se construir um complexo petroquímico na região. Quando foi anunciado, em 2006, o Comperj seria um complexo para fornecer matérias-primas para a indústria petroquímica. As obras já consumiram cerca de US$ 15 bilhões, e nem a primeira unidade de refino foi terminada.”

Além disso, os patrimônios vendidos até agora, atingiram o valor de US$ 4,5 bilhões e inclui, a Carcará (US$ 2,5 bilhões), a Petrobrás Argentina (US$ 897 milhões), a Petrobrás Chile (US$ 464 milhões), os 49% da Gaspetro (US$ 540 milhões) e os ativos da Bacia Austral, na Argentina (US$ 101 milhões), segundo dados do site Brasil de Fato.

 

E o pior é que a privatização da Petrobrás continua em ritmo acelerado. A direção da empresa está negociando a venda de outros ativos importantes, como a BR Distribuidora, a Liquigás, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), terminais de GNL, Termelétricas, Campos Terrestres, Campos em Águas Rasas, Fafens, a Petroquímica Suape, a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) e parte do gigantesco Campo de Libra no Pré Sal.

 

Para completar no dia 29 de julho, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou a venda da participação no bloco exploratório BM-S-8  norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás por R$ 8,5 bilhões. Todavia, como justificar essa venda se o campo de petróleo renderia R$22 bilhões?

 

Companheiros e companheiras, já passou a hora de nos juntarmos e unirmos mais forças para combater o processo de sucateamento que está acontecendo com a nossa empresa. É necessário a participação dos petroleiros e petroleiras, além do povo brasileiro, pois a nova administração da Estatal está concentrada no plano de desinvestimentos, sem pensar nas consequências para a vida dos trabalhadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

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